Lu Mamede 
Luciana Mamede e seu estilo Anna Marcolina de ser ...                                                                                                                                                         
É sempre louvável que um artista se deixe influenciar pela cultura do lugar onde nasceu/viveu. Num mundo meio pasteurizado, onde tudo é cópia da cópia disfarçada de “inspired”, esse tipo de influência carrega o charme da originalidade.
O grande perigo é se tornar caricato, parecer figurino regional. Aí todo o charme vai embora.
O desafio é ser regional e ainda assim conseguir ser global.
Desafio que Luciana Mamede venceu com facilidade. As criações dela são carregadas de influência nordestina, principalmente da região do Seridó. São rendas, crochês, linhos, estampas temáticas… mas tudo com cara de mundo. Cosmopolita e atemporal.
Pra você usar em Currais Novos ou em Milão
                                                                                          ( Mamede vestindo uma de suas criações, inspirada na religiosidade do Seridó )



A história de Luciana Mamede com a moda começou cedo. Na adolescência, ela já se encantava com as imagens das passarelas internacionais. Não perdia a coluna da jornalista Cristina Franco, no Jornal Hoje da rede Globo.
“Era o único contato que a gente tinha com esses desfiles internacionais. Não era como hoje, que está tudo na internet. Só tinha a coluna de Cristina Franco, que se chamava Ponto de Vista, e eu passava a semana inteira esperando por ela”, relembra a estilista.
Aos 16 anos Luciana foi trabalhar como vendedora em uma loja de roupas, ainda em Currais Novos. Aos 18 veio fazer faculdade em Natal e continuou trabalhando em lojas da capital.
A faculdade era de economia, mas o pensamento estava sempre no setor de confecções. De vendedora ela foi convidada a ser gerente de um atacado de tecidos e de uma pronta entrega mineira com filial em Natal.
Da mesma empresa veio o convite para gerenciar uma filial em Minas Gerais. Luciana tinha então 24 anos, e foi viver na capital mineira.

Cada vez mais envolvida com o processo de produção, ela participava de toda a cadeia produtiva. Foi aprendendo tudo na prática. Até que um dia faltou estilista e ela pegou uma parte da coleção para desenvolver. Daí não parou mais. Passou por diversas marcas, montou uma consultoria, até achar que era hora de ter sua própria marca e voltar pra casa.
Para a estilista, moda e arte caminham de mãos dadas. Por isso já trabalhou temas como “Navegos” – inspirada na obra da tia poeta Zila Mamede, “Sabores e saberes” – inspirada na obra de Câmara Cascudo e “Sagrado” – inspirada na religiosidade e na cultura do Seridó. Desde então...
                                                                        Batizou a marca de Anna Marcolina, nome da avó.


                                                                                                                                                                                                                By: Gladis Vivane 

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